O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São Miguel do Tapuio, no Piauí, promoveu na manhã desta última terça-feira (30) atividade relacionada a campanha Janeiro Branco, abordando o tema “Saúde Mental enquanto ainda há tempo”.
Durante o Janeiro Branco são promovidas palestras, palestras-relâmpago, oficinas, cursos, workshops, entrevistas para a mídia, lives, caminhadas, rodas de conversa e abordagem de pessoas em todos os lugares nos quais as pessoas se encontram: ruas, praças, igrejas, empresas, residências, academias, shoppings, hospitais, prefeituras.
Em virtude disso, os profissionais chamam a atenção para a importância de não categorizar os sentimentos, não julgar o sofrimento do outro e não associar transtornos psiquiátricos à fraqueza ou à falta de fé.
"O comportamento mais assertivo é incentivar as pessoas a buscarem ajuda especializada e tratamentos, acompanhando-as durante o período", aponta Andrea Chaves, psicóloga e especialista na área de Saúde Mental.
A especialista destaca que a saúde mental tem relevância por estar entre as demandas que mais afetam a população, especialmente pessoas em idade produtiva. Cerca de 50 milhões sofrem com algum tipo de transtorno, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, relativos ao ano de 2021. Os diagnósticos são variados: depressão, transtornos de humor, déficit de atenção, ansiedade, entre outros, afetando também outras faixas etárias, incluindo crianças e idosos.
O Centro de Atenção Psicossocial de São Miguel do Tapuio vem desenvolvendo diariamente atividades que buscam tratar e amenizar as situações de estresse, ansiedade ou transtornos que causam o adoecimento mental de toda a comunidade.
Segundo a psicóloga Celma Luz, entre as medidas que os profissionais e os órgãos responsáveis aconselham, estão as relacionadas ao amparo do paciente, à família e aos amigos. Essas atitudes são essenciais para que o tratamento tenha êxito: Estar bem consigo mesmo e com qualquer outro indivíduo, entender os desafios da vida, saber lidar com todas as emoções e buscar ajuda quando necessário, por exemplo, são outras recomendações que ajudam a manter a qualidade de vida.
"Rede de apoio familiar e de amigos, prática de atividades físicas, cultivar hobbies, ter algum tipo de fé e praticá-la. Esses são bons condutores para qualquer pessoa cuidar das suas emoções", ressalta a profissional. Portanto, é necessário que cada um se atente às suas necessidades e limitações. Além disso, é importante avaliar o que serve de apoio e o que ajuda a trazer equilíbrio e bem-estar emocional para garantir uma vida mais saudável, madura e longeva.